Uma Reflexão Filosófica e Psicológica sobre Crenças, Caos e Libertação
Minha cosmovisão está ancorada na essência do Zen, uma bússola existencial que guia minha busca por presença e desapego, e que não antevejo abandonar. Contudo, a Magia do Caos emergiu como uma ferramenta transformadora, um instrumental psicológico que me permitiu mapear e modular os processos internos de minha psique, incluindo a própria serenidade zen. Esse caminho, no entanto, não foi linear ou isento de turbulências. A jornada, marcada por erros, perdas e desvios, reflete a trajetória arquetípica do Louco — aquela figura que, em sua ousadia, abraça a incerteza como mestra. Foi precisamente nos tropeços, nas quedas reiteradas, que descobri a sabedoria. O mago, em sua essência, é aquele que reconhece a aprendizagem como um processo contínuo, extraindo significado de cada experiência, mesmo quando a repetição de erros é necessária para consolidar o entendimento.
Essa postura contrasta com a segurança oferecida pelos caminhos tradicionais. Seguir a narrativa cultural predominante — crer em divindades, estudar, trabalhar, formar família, evitar riscos — é uma estratégia de minimização de erros, pavimentada pela sabedoria ancestral que assegurou a continuidade da linhagem. Em qualquer cultura, o roteiro é similar, variando apenas nos matizes da crença religiosa. Contudo, essa trilha, embora estável, perpetua os problemas inerentes ao sistema. A evolução da humanidade, tanto em termos científicos quanto tecnológicos, depende daqueles que ousam desviar-se, que questionam as bolhas de conforto e buscam respostas além das fronteiras do conhecido. É nesse ato de ruptura que reside o progresso.
Minha prática, portanto, é uma tentativa de propagar ciência revestida de um véu místico, uma estratégia que ecoa a narrativa da série A Fundação, de Isaac Asimov. Nela, um sistema político ideal, fundamentado em precisão matemática, utiliza a religião como veículo para disseminar ideias de forma acessível e viral. Hoje, com o avanço da psicologia comportamental e da neurociência, compreendemos os vieses cognitivos que moldam nossas crenças. Se o entretenimento tem sido historicamente um instrumento para reforçar as estruturas de poder — a egrégora do sistema vigente —, por que não subverter esse mesmo mecanismo para desmantelá-lo?
Vivemos uma guerra fria global, não apenas por territórios ou recursos, mas pelo domínio das crenças. Essa é a verdadeira batalha espiritual, travada no campo intangível da psique humana. Não se trata apenas de crenças religiosas, que são apenas a superfície, mas do próprio mecanismo de crença: a confiança depositada em figuras públicas, ideologias, políticos, verdades absolutas, moedas, influenciadores ou marcas. Nossa sociedade é estruturada sobre essas construções intangíveis, e a crença é o ativo mais valioso que um indivíduo pode oferecer ao sistema. A guerra é pela atenção, pela confiança, pelo controle das narrativas que moldam nossa realidade.
A libertação dessa guerra ocorre quando assumimos o domínio sobre nosso próprio mecanismo de crença. Tornar-se soberano sobre o que se escolhe acreditar — exigindo provas, questionando narrativas — é o ato de sair do campo de batalha. Alguns, ao alcançar essa clareza, optam por permanecer como observadores, talvez até tirando proveito estratégico do sistema. Outros, como eu, sentem um impulso inevitável de despertar os demais, de libertar outras mentes dessa guerra invisível. Contudo, esse é um desafio hercúleo, pois enfrentamos um adversário ancestral: o apego.
O apego, enraizado em nossa psicologia evolutiva, é um mecanismo de sobrevivência. A necessidade de pertencer a um grupo, de compartilhar crenças coletivas, foi essencial para nossa propagação como espécie. Viver em comunidade, sob a ótica da seleção natural, é mais seguro do que aventurar-se fora da bolha de crenças compartilhadas. O conservadorismo, nesse sentido, busca preservar essas crenças familiares, resistindo às mudanças em nome de uma nostalgia idealizada — um passado onde, frequentemente, privilégios eram ainda mais marcados. Já o progressismo reconhece que o presente, embora imperfeito, representa um avanço em relação ao passado. A evolução é lenta, mas necessária, e exige que abandonemos o apego às estruturas obsoletas.
Buda, em sua sabedoria atemporal, compreendeu que o sofrimento nasce do apego. Durante anos, li e concordei com essa máxima, mas sua profundidade só se revelou quando a experimentei visceralmente. Desapegar-se não é apenas renunciar a bens materiais, mas liberar-se das narrativas que nos prendem, das crenças que nos limitam e das estruturas que nos condicionam. É um convite à liberdade psicológica, à soberania sobre a própria mente, e à construção de um futuro que transcenda as guerras invisíveis do presente.
Lembrem-se: Se você não controla seu mecanismo de crença, outras pessoas vão controlá-lo em seu lugar.
Eu escrevi, mas o Grok que colocou esse tom filosófico nele e ficou ótimo
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